A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, está no centro de investigações do Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a acusações de condições degradantes. Denúncias incluem agressões físicas, ambientes insalubres e falta de equipamentos de proteção individual. O complexo, adquirido da Ford pela BYD, é foco de polêmicas envolvendo empresas terceirizadas.
Empresas Terceirizadas Sob Suspeita
As denúncias atingem três empresas chinesas terceirizadas: Jinjiang Group, AE Corp e Open Steel. Responsáveis por serviços de terraplanagem e montagem de estruturas, elas empregam cerca de 500 trabalhadores chineses. Relatos de agressões físicas contra funcionários, filmadas dentro do complexo, aumentaram a gravidade das acusações.
Ação do MPT e Resposta da BYD
O MPT visitou a fábrica em novembro, acompanhado da Polícia Federal, e abriu um inquérito para investigar saúde e segurança no trabalho. A BYD reconheceu os incidentes e determinou o afastamento dos responsáveis pelas agressões. No entanto, ainda avalia a manutenção de contratos com as terceirizadas envolvidas.
Impacto e Compromisso com Melhoria
Com investimento de R$ 5,5 bilhões, a fábrica de Camaçari é vista como um marco para a BYD, prometendo gerar milhares de empregos diretos e indiretos. Porém, as denúncias levantam questionamentos sobre o compromisso da empresa com a ética e as leis trabalhistas brasileiras.
O setor automotivo no Brasil aguarda desdobramentos dessas investigações, enquanto a BYD afirma estar reforçando a fiscalização e priorizando o bem-estar dos trabalhadores.
Foto: Agência Pública/Reprodução
Fonte: Autoesporte